Wednesday, 29 March 2017

Vives lamentando sempre? O Papa tem uma palavrinha para ti...

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VATICANO, 28 Mar. 17: Ao comentar o Evangelho do dia em que Jesus cura um paralítico, o Papa Francisco disse que há muitas pessoas que vivem sempre tristes, lamentando-se de tudo e afetados pela preguiça, mas, se querem ser “curados”, só têm que escutar Jesus.
Na Missa desta manhã na Casa Santa Marta, explicou que Jesus pergunta ao doente: “Quer ficar curado?”. “É belo, Jesus sempre nos diz ‘Quer ficar curado? Quer ser feliz? Quer melhorar a sua vida? Quer estar cheio do Espírito Santo? Quer ficar curado?’ É a palavra de Jesus. Todos os outros que estavam ali – doentes, cegos, paralíticos – disseram: ‘Sim, Senhor, sim!’”.
“Mas aquele homem, estranho, respondeu a Jesus: ‘Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente’. Sua resposta é uma lamentação: ‘Veja, Senhor, como é ruim e injusta a vida comigo. Todos os outros podem entrar e se curar e eu tento há 38 anos, mas não acontece nada’”.
O Papa explicou que “era como a árvore plantada nos braços de um rio, como diz o primeiro Salmo, ‘mas tinha as raízes secas’ e ‘as raízes não tocavam a água, não podiam extrair saúde das águas’”.
“Isto se entende pelo comportamento, pelas lamentações... sempre tentando dar a culpa ao outro: ‘Mas são os outros que vão antes de mim, eu sou um coitadinho que está aqui há 38 anos’. Este é um pecado feio, o pecado da preguiça, que é pior do que ter o coração morno, bem pior”.
“É viver, mas ‘viver sem vontade de ir avante, de fazer alguma coisa na vida; é perder a memória da alegria. Este homem não conhecia nem de nome a alegria, a havia perdido. Isto é pecado, é uma doença muito ruim. ‘Mas eu estou bem assim, me acostumei. A vida foi injusta comigo’. Sente-se o ressentimento, a amargura do seu coração”.
Então Jesus lhe disse: “’Levanta-te, pega a tua cama e anda’. O paralítico se cura; mas era sábado, os Doutores da Lei lhe dizem que não lhe é permitido carregar a cama e lhe perguntam quem o havia curado naquele dia. ‘É contra a lei, este homem não é de Deus’”.
O paralítico “se levantou com a preguiça de quem vive porque o oxigênio é grátis”. “Daqueles que vivem sempre vendo que os outros são mais felizes e vivem na tristeza”, esquecendo-se da alegria.
“A preguiça – continuou – é um pecado que paralisa, que nos deixa paralíticos, que não deixa caminhar. Hoje também o Senhor olha por todos nós; todos temos pecados, mas vendo este pecado, nos diz: ‘Levanta’”.
“Hoje o Senhor diz a cada um de nós: ‘Levanta, pega a tua vida como ela é: boa, ruim, como for, pegue-a e vá adiante. Não tenha medo, vai adiante, com a tua cama’. Mas Senhor, não é do último modelo’. ‘Vai avante! Com a cama ruim, mas avante! É a sua vida e a sua alegria! ‘Quer ser curado?’, é a primeira pergunta que o Senhor nos faz hoje. ‘Sim, Senhor’. ‘Levanta’. E na antífona, no início da Missa, havia aquele trecho tão bonito: ‘Vós, que tendes sede, vinde às águas – são grátis, não há pagamento –. Vinde e bebei com alegria’”.
“E se dissermos ao Senhor ‘Sim, quero ser curado; sim, Senhor, ajuda-me porque quero me levantar’, saberemos como é a alegria da salvação”.

Tuesday, 28 March 2017

Tudo sobre abstinência de carne ás 6ª-feiras


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Importantes referencias expressas no video:
-Codigo do Direito Canonico de 1983, canons 1250-1253;
-Os 5 preceitos/mandamentos/leis da Igreja;
-Versiculos biblicos >> Mateus 6:16-18; 9:14-15; 16:19; 18:18; Actos 13:1-3; 14:23;
-Constituicao Apostolica de Paulo VI (1963) "Paenitemini" [parte III];
-Documento do 1*seculo da Igreja "Didaque" [cap.8].

Wednesday, 1 March 2017

Que assuntos acerca da fé deverei abordar em próximos videos?



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fabiorocha@hotmail.ca


Papa Francisco explica o tempo da Quaresma

Partilhem! Obrigado. Uma santa Quaresma a todos!

Catequese da Audiência Geral (01/03/17) 

"A Quaresma é um caminho difícil, como é justo que seja, porque o amor é um desafio, mas um caminho cheio de esperança” e “o cansaço de atravessar o deserto – todas as provações, as tentações, as ilusões, as miragens… tudo isso serve para formar uma esperança forte”, disse ao recordar a passagem do povo de Israel pelo deserto.

Francisco explicou que “Cristo nos precede com o seu êxodo e nós atravessamos o deserto graças a Ele e atrás Dele. Ele foi tentado por nós e venceu o Tentador por nós, mas também nós devemos, com Ele, enfrentar as tentações e superá-las. Mas isso não quer dizer que Ele fez tudo e nós devemos fazer nada, que Ele passou pela cruz e nós vamos ao paraíso de carruagem. Não é assim. A nossa salvação certamente é dom seu, mas, uma vez que é uma história de amor, requer o nosso ‘sim’ e a nossa participação no seu amor, como nos demonstra a nossa Mãe Maria e depois dela todos os santos”.

Sobre a Quaresma, o Papa recordou que “foi instituída na Igreja como tempo de preparação para a Páscoa e, portanto, todo o sentido deste período de quarenta dias é iluminado pelo mistério pascal para o qual é orientado. Podemos imaginar o Senhor Ressuscitado que nos chama a sair das nossas trevas e nós nos colocamos em caminho para Ele, que é a Luz. No entanto, a Quaresma é um caminho para Jesus Ressuscitado, é um período de penitência, também de mortificação, mas não com fim em si mesmo, mas sim finalizado a nos fazer ressurgir com Cristo, a renovar a nossa identidade batismal, isso é, renascer novamente ‘do alto’, do amor de Deus. O ponto de partida é a condição de escravidão no Egito, a opressão, os trabalhos forçados. Mas o Senhor não esqueceu o seu povo e a sua promessa: chama Moisés e, com braço forte, faz os israelitas sair do Egito e os guia pelo deserto para a Terra da liberdade”.

Francisco recordou que o povo de Israel permaneceu 40 anos no deserto, “o tempo de vida de uma geração. Uma geração que, diante das provações do caminho, é sempre tentada a lamentar-se pelo Egito e voltar atrás. Mas o Senhor permanece fiel e aquele pobre povo, guiado por Moisés, chega à Terra prometida. Todo esse caminho é cumprido na esperança: a esperança de chegar à Terra e justamente nesse sentido é um ‘êxodo’, uma saída da escravidão à liberdade. Cada passo, cada cansaço, cada prova, cada queda e cada retomada, tudo tem o sentido interno do desígnio de salvação de Deus, que quer para o seu povo a vida e não a morte, a alegria e não a dor”.

O Santo Padre manifestou que “para abrir este caminho, esta passagem, Jesus precisou despojar-se da sua glória, humilhar-se, fazer-se obediente até a morte e a morte de cruz”.

Homilia da Missa de Cinzas

O Papa explicou que a imposição das cinzas “lembra-nos a nossa condição original: fomos tirados da terra, somos feitos de pó. Sim, mas pó nas mãos amorosas de Deus, que soprou o seu espírito de vida sobre cada um de nós e quer continuar a fazê-lo. Quer continuar a dar-nos aquele sopro de vida que nos salva de outros tipos de sopro: a asfixia sufocante causada pelos nossos egoísmos, asfixia sufocante gerada por ambições mesquinhas e silenciosas indiferenças; asfixia que sufoca o espírito, estreita o horizonte e anestesia o palpitar do coração. Viver a Quaresma é ansiar por este sopro de vida que o nosso Pai não cessa de nos oferecer na lama da nossa história”.

O Papa explicou que o sopro de Deus “liberta-nos daquela asfixia de que muitas vezes nem estamos conscientes, habituando-nos até a ‘olhá-la como normal’, apesar dos seus efeitos que se fazem sentir; parece-nos ‘normal’, porque nos habituamos a respirar um ar em que a esperança é rarefeita, ar de tristeza e resignação, ar sufocante de pânico e hostilidade. A Quaresma é o tempo para dizer não. Não à asfixia do espírito pela poluição causada pela indiferença, pela negligência de pensar que a vida do outro não me diz respeito; por toda a tentativa de banalizar a vida, especialmente a daqueles que carregam na sua própria carne o peso de tanta superficialidade”.