Sunday 9 November 2014

Controversias da Igreja: as Cruzadas (parte 2)

Proximo video: A batalha de Lepanto (ultimo combate contra os muculmanos).

Partilhem! Obrigado.
UPDATE: a seguinte noticia foi relatada uns dias apos este meu video ter sido feito. Achei interessante e apropriado para colocar aqui nesta entrada sobre as Cruzadas.
 
Um texto do Papa Francisco endereçado ao primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, apela ainda a uma intervenção internacional, com o apoio do G20 e das Nações Unidas, para “travar em definitivo a injusta agressão dirigida a várias religiões e grupos étnicos, incluindo minorias, no Médio Oriente”.
A intervenção deve ainda “levar à eliminação das raízes do terrorismo, que atingiu proporções inimagináveis até agora”, combatendo a “pobreza, subdesenvolvimento e exclusão”.
Francisco sustenta que é “cada vez mais claro” que a solução para o “grave problema” no Médio Oriente não pode ser “meramente militar” e deve também centrar-se nos que “de uma forma ou outra, encorajam os grupos terroristas através de apoio político, o comércio ilegal de petróleo e o fornecimento de armas e tecnologia”.
 
SANTOS E AS CRUZADAS
A fonte mais confiável da viagem de S.Francisco de Assis é o testemunho de seu companheiro, o irmão Iluminado, que conta que o santo defendeu o trabalho dos cruzados e propôs a conversão ao Sultão muculmano que ameacava com invasao o Ocidente.
"O sultão lhe apresentou uma questão:

Vosso Senhor ensina no Evangelho que vós não deveis retribuir mal com mal, e não deveis recusar o manto que quem vos quer tirar a túnica, etc. Então, vós, cristãos não deveríeis invadir as nossas terras, etc..

Respondeu o bem-aventurado Francisco:

Me parece que vós não tendes lido todo o Evangelho. Em outra parte, de fato, está dito: Se teu olho te escandaliza, arranca-o e joga-o longe de ti (Mt 5,25).
Com isto quis nos ensinar que também no caso de um homem que fosse nosso amigo ou parente, que nos amássemos como a pupila do olho, nós devemos estar dispostos a separa-lo, e afastá-lo de nós, até arrancá-lo de nós, se tenta nos afastar da fé e do amor de nosso Deus.
Exatamente por isto o cristãos agem de acordo com a Justiça quando invadem vossas terras e vos combatem, porque vós blasfemais contra o Nome de Cristo e vos empenhais em afastar de Sua religião todos os homens que podeis.
Se, pelo contrário, vós quiserdes conhecer, confessar e adorar o Criador e Redentor do mundo eles vos amariam como a si próprios".


Todos os presentes ficaram tomados de admiração pela resposta dele.

 
Ao lado do nome de São Francisco devemos colocar o de Santa Teresinha de Lisieux (Doutora da Igreja) que numa página tocante em que se volta para Jesus, diz querer "percorrer a terra, pregar o teu nome, e cravar em solo infiel Tua gloriosa Cruz", reunindo numa única vocação as de apóstolo, cruzado e mártir.
"Sinto em mim ‒ escreve ‒ a vocação de guerreiro, de sacerdote, de apóstolo, de Doutor, de mártir. Em suma, eu sinto a necessidade, o desejo de realizar por Vós, Jesus, todas as obras mais heróicas. Eu sinto em minha alma a coragem de um cruzado: eu quereria morrer num campo de batalha para defender a Igreja ..."
 
Em 4 de agosto de 1897, no leito de morte, voltando-se para a Superiora, ela murmurou: "Eu não teria medo de ir à guerra. Por exemplo, na época das Cruzadas, com quanta alegria eu teria partido para combater os hereges".
 
São Bernardo de Claraval apoiou a segunda cruzada: "Revesti-vos não com o saco dos penitentes, mas recobri-vos com armaduras impenetráveis. O exercício das armas, os perigos, os esforços, as fatigas da guerra são as penitencias que Deus vos impõe. Apressai-vos a expiar vossos pecados obtendo vitórias sobre os infiéis, e que a liberação dos locais santos seja o fruto de vosso arrependimento.Se vos fosse anunciado que o inimigo invadiu vossas cidades, vossos castelos e vossas terras; que ele raptou vossas mulheres e filhas e profanou vossos templos — quem de vós não pegaria em armas? Bem, então, todas essas calamidades, e calamidades ainda maiores, caíram sobre nossos irmãos na família de Jesus Cristo, que é a vossa."