Friday, 7 September 2018

O que podemos fazer perante os abusos perpetuados pela Igreja

Proximo video: Os bispos portugueses e a "idolatria" ao Papa.

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TEXTOS DAS CARTAS EM LINGUA PORTUGUESA (Scroll down for the texts in english)  


Carta para a Conferencia Episcopal Portuguesa (e para o Bispo diocesano):

D. Manuel Clemente
Conferência Episcopal Portuguesa
Quinta do Bom Pastor
Estrada da Buraca, 8-12
1549-025 Lisboa

website: http://www.conferenciaepiscopal.pt/v1/contactos/

Cabeçalho para dirigir palavra a Conferencia: Sua Eminência D. Manuel Clemente e todos os Bispos da CEP,

Cabeçalho para dirigir ao vosso Bispo diocesano: Sua Excelência [nome do bispo],


Todos nós estamos cientes do período difícil que a Igreja de Cristo está atravessando nestes dias com múltiplas notícias escandalosas ao redor do mundo, mais recentemente provindas dos Estados Unidos.
Nosso Santo Padre apontou para o clericalismo como a raiz desses escândalos sexuais perpetuados pela hierarquia. Na minha opinião pessoal, essa é a causa secundária. Eu acho que o problema é a homossexualidade e a orientação homossexual.
A maioria das vítimas são meninos adolescentes e adultos do sexo masculino. A Igreja tem defendido há décadas que homens com inclinação ou orientação homossexual devem ser impedidos de entrar no seminário. É a vossa tarefa como Bispos de examinar e discernir os candidatos.
Estou-vos escrevendo esta carta apenas para pedir que Suas Excelencias façam bem o vosso serviço com paixão e zelo. Isso inclui denunciar qualquer crime, seja de natureza sexual ou não, às autoridades certas da Igreja e, talvez, em alguns casos, às autoridades civis. Não se agarrem ao status quo.
Nós, os fiéis, admiramos a verdade e a honestidade muito mais do que a falsa unidade. Encorajo todos vocês a serem obedientes às orientações da Igreja e serem corajosos no combate ao mal e à corrupção dentro e fora da Igreja.
Um sentimento de revolta está crescendo entre os fiéis e há medidas a se implantando, como boicotar as doações paroquiais, por exemplo, se vocês, caros Bispos, demonstrarem alguma falta de integridade para resolver e implementar os procedimentos corretos e discernimento para garantir que esses crimes serão evitados. Se, por acaso, encontrarmos conhecimento suficiente ou evidência de encobrimento das atrocidades que vemos nas noticias de hoje, tomaremos as medidas necessárias para vos "empurrar" para o caminho da retidão e justiça.
Sejam fiéis, queridos bispos. Espero que esta carta chegue a todos vós da Conferência, para que possamos nos sentir inspirados a fazer o que é certo.
Sinceros cumprimentos em Cristo,

[assinatura]



Carta ao Núncio Apostólico de Portugal:

Monsenhor Rino Passigato
Nunciatura Apostólica
Av. Luís Bívar 18, 1050-010 Lisboa, Portugal

Tel. 213 171 130
Fax 213 171 149
Emails:
nuntius@nunciatura.pt
secretaria@nunciatura.pt

Sua Reverência [nome do Núncio],
Estou triste e irritado com as recentes revelações de abuso em curso dentro da Igreja Católica nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo. Sacerdotes e bispos perpetraram atos abusivos contra crianças e adultos, e trabalharam juntos para esconder esse abuso e proteger os abusadores.
Como núncio apostólico do nosso Santo Padre Francisco em [país], Sua Reverência tem uma capacidade única de transmitir as necessidades dos católicos do país ao Santo Padre e de trabalhar pela conversão e reforma da Igreja aqui e em toda parte. Peço-lhe que obtenha o apoio do Santo Padre para as seguintes iniciativas:
1. Admitir publicamente os pecados graves, incluidos os de omissão, dos membros do clero e seja realizado atos públicos de penitência. Ouvir as histórias de vítimas sobreviventes e compreender o impacto do abuso deve ser central para esse esforço.
2. Levar a cabo o exame forense secular, conduzido por leigos, todos os registros de alegações de abuso e como eles foram tratados em todas as dioceses da nação.
3. Remover do ministério público todo membro do clero que tenha cometido abuso ou trabalhado para ocultá-lo, e submeter esses homens à justiça canônica e à justiça secular, sempre que aplicável. Todo bispo que tivesse conhecimento de abusos e tenha protegido os abusadores, devem renunciar o seu cargo e submeter-se a uma vida de oração e penitência.
4. Reformar seminários e outros locais de formação para proteger crianças e adultos da predação. 
5. Criar estruturas para envolver mais plenamente os fiéis leigos no funcionamento de cada diocese, especialmente no que se refere aos casos intra-hierárquicos de abuso sexual e má conduta. 
Mudanças radicais são necessárias para restaurar a confiança dos fiéis leigos na disposição de nossos pastores de exercer fielmente sua autoridade episcopal. Peço-lhe que use sua influência para trabalhar por essas reformas e pela renovação da Igreja.
Cumprimentos sinceros em Cristo,

[assinatura]



Carta ao Papa Francisco

Sua Santidade Francisco
Secretaria de Estado do Palácio Apostólico 
00120 Cidade do Vaticano

Sua Santidade,
Os corações de muitos fieis estão perturbados, a nossa fé é testada pela crescente crise que envolve a nossa amada Igreja. Estamos zangados, sentimo-nos traídos e desiludidos. A dor e o sofrimento das vítimas nunca terminam, pois cada ciclo de notícias traz revelações mais horríveis de abuso sexual, má conduta, encobrimentos e enganos -- mesmo nos níveis mais altos da hierarquia eclesial.
A recente declaração do arcebispo Carlo Maria Viganò me impele a entrar em contato diretamente com Sua Santidade para obter respostas. Seu testemunho acusa a vossa pessoa e cardeais importantes de fechar os olhos ao comportamento notório do ex-cardeal Theodore McCarrick, e de promover este predador como porta-voz global e líder espiritual. Isso é verdade?
Várias questões cruciais levantadas pela declaração do Arcebispo Viganò, no entanto, não exigem longas investigações nem evidências físicas. Elas exigem apenas sua resposta direta, Santo Padre. Quando os repórteres lhe perguntaram recentemente sobre as acusações do Arcebispo Viganò, Sua Santidade respondeu: "Não vou dizer uma única palavra sobre isso". De seguida, disse aos repórteres para lerem "a declaração cuidadosamente e que formulem o seus próprios  julgamento".
Para o seu rebanho ferido, Papa Francisco, suas palavras nos parece inadequadas. Precisamos de liderança, verdade e transparência. Nós, seu rebanho, merecemos suas respostas o mais depressa possivel.
Especificamente, imploramos humildemente que responda às seguintes perguntas, pois as respostas certamente são conhecidas por Sua Santidade. O arcebispo Viganò diz que em junho de 2013, ele lhe transmitiu a seguinte mensagem (em essência) sobre o então cardeal McCarrick:
“Ele corrompeu gerações de seminaristas e sacerdotes e o papa Bento ordenou que ele se retirasse para uma vida de oração e penitência”.
Isso é verdade? O que o arcebispo Viganò transmitiu a você em junho de 2013 sobre o então cardeal McCarrick? Quando foi, realmente, que soube de quaisquer alegações de abuso sexual ou má conduta sexual com adultos pelo então cardeal McCarrick? Quando  foi que soube das restrições do Papa Bento XVI ao então cardeal McCarrick? Sua Santidade liberou o então cardeal McCarrick de alguma das restrições do Papa Bento?
Santo Padre, em sua carta ao Povo de Deus sobre os escândalos escreveu: “A consciência do pecado nos ajuda a reconhecer os erros, os crimes e as feridas causadas no passado e nos permite, no presente, ser mais abertos e comprometidos ao longo de uma jornada de conversão renovada.”
É por isso que esperamos que seja honesto conosco. Por favor, não nos abandones na duvida. Sua Santidade se comprometeu a mudar os "maneirismos" clericais mesquinhos na Igreja. Um cardeal que abuse de seminaristas é abominável. Precisamos saber se podemos confiar em si para ser honesto conosco sobre o que aconteceu. As vítimas que sofreram muito precisam saber que podem confiar em si. As famílias, que serão a fonte da renovação da Igreja, precisam saber que podemos confiar em si e, assim, confiar na Igreja.
Nós temos o direito de saber a verdade. Nós temos direito às suas respostas.
Santo Padre, quero afirmar o amor que tenho por si como Sucessor de São Pedro, pois os católicos de todos os tempos e lugares possuem um amor filial único e reverência para com a pessoa do Santo Padre. Com todos o meu coração, desejo que aquele que ocupa o ministério Petrino seja defendido de qualquer coisa que possa prejudicar sua pessoa ou a eficácia de seu serviço. Mas as acusações de alguém com autoridade como o arcebispo Viganò faz exatamente isso. Suas alegações criam um ar de desconfiança e desconfiança contra sua pessoa e a percepção de sua capacidade de continuar ministrando.
Santo Padre, estas acusações multiplicam a mesma desconfiança no mundo secular, ameaçando assim o seu testemunho cristão e autoridade moral aos olhos do mundo. Lhe peço que haja uma investigação imediata, completa e exaustiva dessas alegações, para que o testemunho moral de sua pessoa e da alta hierarquia da Igreja seja exonerado de toda suspeita de incompetência, negligência e maldade.
Com amor a Cristo e à Igreja,

[assinatura]



ENGLISH TEXTS:

Letter to the Conference of Bishops (and the diocesan Bishop)

To address the Bishops of the Episcopal Conference: Dear Bishops of the [nationality] Conference,
To address your diocesan Bishop: Your Excellency [name of bishop],

All of us are aware of the difficult period Christ's Church is enduring at the moment with multiples scandalous news around the globe, more recently in the United States. 
Our Holy Father has pointed to clericalism as the root of these sexual scandals perpetuated by the hierarchy. In my personal opinion, that's the secondary cause. I think the problem is homosexuality and homosexual orientation.
The majority of the victims are postpubescent boys and male adults. The Church has been advising for decades that men with homosexual inclination or orientation should be barred from the seminary. It is you job as Bishops to scrutinize and discern the candidates. 
I'm writing you this letter just to ask you to do your service with passion and zeal. This includes reporting any misdeed, whether of sexual nature or not, to the right authorities in the Church and, perhaps, in some cases, to civil authorities. Don't be afraid of maintaining the status quo. 
We, the faithful, admire truth and honesty much more than false unity. I encourage all of you to be obedient to the Church's directions and to be courageous on fighting evil and corruption in and out of the Church. 
A sense of revolt is growing among the faithful and there are thought measures, like boycotting parish donations, for example, if you demonstrate any lack of integrity to resolve and implement the correct procedures and discernment to guarantee that these crimes will be much more prevented. If we, by any chance, encounter sufficient knowledge or evidence of covering up these atrocities, we'll take the necessary action to push you onto the path of righteousness. 
Be faithful, dear Bishops. I hope this letter reaches any single one of you so that we can feel inspired to do what is right.
Sincerely yours in Christ,
[signature]



Letter to the Apostolic Nuncio

Most Reverend [name of Nuncio],
I am grieved and angered by recent revelations of ongoing abuse within the Catholic Church in the United States and around the world. Priests and bishops have perpetrated unconscionable acts of abuse against both children and adults, and have worked together to conceal that abuse and protect abusers.
As the apostolic nuncio of our Holy Father Pope Francis to Canada, you have a unique ability to convey the needs of American Catholics to the Holy Father and to work for the conversion and reform of the Church here and everywhere. I ask you to obtain the support of the Holy Father for the following initiatives:
1. Publicly admit the grave sins of commission and omission by members of the clergy and perform public acts of penance. Listening to the stories of victim-survivors and understanding the impact of abuse must be central to this effort.
2. Lay bare to secular lay-led forensic examination all records of abuse allegations and how they were handled in every diocese in the nation.
3. Remove from public ministry every member of the clergy who committed abuse or worked to conceal it, and submit these men to canonical justice and to secular justice wherever applicable. Every bishop who knew of abuse and protected abusers rather than the children of God must resign and submit himself to a life of prayer and penance.
4. Reform seminaries and other places of formation to protect both children and legal adults from predation. Particular attention must be paid to intra-hierarchical abuses of legal adults, which are not addressed by the provisions of the Charter for the Protection of Children and Young People.
5. Create structures to more fully involve the lay faithful in the workings of each diocese, especially with regard to intra-hierarchical cases of sexual abuse and misconduct. The review boards established pursuant to the Charter might serve as models for welcoming and handling reports of misconduct and abuse within the hierarchy.
6. Work to extend statutes of limitation to provide for temporal justice wherever possible, and in every instance cease opposition to such extensions. 
Catholics are shaken by these revelations. Radical changes are necessary in order to restore the confidence of the lay faithful in our shepherds’ willingness faithfully to exercise their episcopal authority. I ask you to use your influence to work for these reforms and the renewal of the Church.
Sincerely yours in Christ,
[signature]


Letter to Pope Francis

Address:
His Holiness Pope Francis
Apostolic Palace
00120 Vatican City

Your Holiness,
Our hearts are broken, our faith tested, by the escalating crisis engulfing our beloved Church. We are angry, betrayed and disillusioned. The pain and suffering of the victims never ends, as each news cycle brings more horrific revelations of sexual abuse, sexual misconduct, cover-ups, and deceit—even at the Church’s highest levels.
Archbishop Carlo Maria Viganò’s recent statement impels us to reach out to you directly for answers. His testimony accuses you, Holy Father, and highly placed cardinals of turning a blind eye to former Cardinal McCarrick’s egregious behavior, and promoting this predator as a global spokesman and spiritual leader. Is this true?
Several crucial questions raised by Archbishop Viganò’s statement, however, require neither lengthy investigations nor physical evidence. They require only your direct response, Holy Father. When reporters questioned you recently about Archbishop Viganò’s charges, you replied, “I will not say a single word on this.” You told reporters to “read the statement carefully and make your own judgment.”
To your hurting flock, Pope Francis, your words are inadequate. We need leadership, truth, and transparency. We, your flock, deserve your answers now.
Specifically, we humbly implore you to answer the following questions, as the answers are surely known to you. Archbishop Viganò says that in June 2013 he conveyed to you this message (in essence) about then-Cardinal McCarrick:
“He corrupted generations of seminarians and priests and Pope Benedict ordered him to withdraw to a life of prayer and penance.”
Is this true? What did Archbishop Viganò convey to you in June 2013 about then-Cardinal McCarrick?
When did you learn of any allegations of sexual abuse or sexual misconduct with adults by then-Cardinal McCarrick?
When did you learn of Pope Benedict’s restrictions on then-Cardinal McCarrick? And did you release then-Cardinal McCarrick from any of Pope Benedict’s restrictions?
Holy Father, in your letter to the People of God on the scandals, you wrote: “An awareness of sin helps us to acknowledge the errors, the crimes and the wounds caused in the past and allows us, in the present, to be more open and committed along a journey of renewed conversion.” That’s why we expect you, our Holy Father, to be honest with us.
Please do not turn from us. You’ve committed yourself to changing clerical ways in the Church. That a cardinal would prey on seminarians is abhorrent. We need to know we can trust you to be honest with us about what happened. The victims who have suffered so greatly need to know they can trust you. Families, who will be the source of the Church’s renewal, need to know we can trust you, and thus trust the Church.
We have a right to know. We have a right to your answers.
Holy Father, I want to affirm the love I have for you as the Successor of St. Peter, for Catholics in every time and place possess a unique filial love and reverence towards the person of the Holy Father.  With all my heart I desire that he who fills the Petrine Office be defended from anything that would harm his person or the effectiveness of his ministry.  But the accusations of someone with the authority of Archbishop Viganò does just this.  His allegations create an air of mistrust and suspicion against your person and the perception of your ability to continue to minister effectively in the Petrine Office.
Holy Father, these accusations multiply the same distrust in the secular world, thereby threatening your Christian witness and moral authority in the eyes of the world. I ask for an immediate, full and exhaustive investigation be made into these allegations so that the moral witness of your person, and that of the senior hierarchy of the Church, may be exonerated of all suspicion of incompetence, neglect, and evildoing. 
With love for Christ and the Church,
[signature]

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