Sunday, 17 November 2013

Sacramentos: a Reconciliação (Confissão)

Proximo video: Porque pecamos? - os veniais, os mortais e o contra o Espirito Santo.
 
 
 

  
 
Referencias biblicas ditas no video:
Poder de perdoar concedido aos homens, seus ministros, por Cristo: Mateus 9, 6-8; Joao 20, 21-23; Mateus 18,18.
Confissoes sempre feitas dentro da comunidade de Deus (Igreja): Mateus 3, 5-6; Actos dos Apostolos 19, 18; Tiago 5, 16.
 
Exemplo biblico do Antigo Testamento do rolo intermediario do sacerdote (Levítico 4, 27-35):
 "Se for alguém do povo quem pecou involuntariamente, cometendo uma ação proibida por um mandamento do Senhor, tornando-se assim culpado, trará para sua oferta uma cabra sem defeito, pela falta cometida, logo que tiver tomado consciência de seu pecado. Porá a mão sobre a cabeça da vítima oferecida pelo pecado e a imolará no lugar onde se imolam os holocaustos. Em seguida, o sacerdote, com o dedo, tomará o sangue da vítima, e pô-lo-á sobre os cornos do altar dos holocaustos, derramando o resto ao pé do altar. Tirará toda a gordura, como se fez no sacrifício pacífico, e a queimará no altar, como agradável odor ao Senhor. É assim que o sacerdote fará a expiação por esse homem, e ele será perdoado. Se for um cordeiro que oferecer em sacrifício pelo pecado, oferecerá uma fêmea sem defeito. Porá a mão sobre a cabeça da vítima oferecida pelo pecado e a imolará em sacrifício de expiação no lugar onde se imolam os holocaustos. Em seguida, com o dedo, tomará o sacerdote o sangue da vítima oferecida pelo pecado, e o porá sobre os cornos do altar dos holocaustos, derramando o resto do sangue ao pé do altar. Tirará toda a gordura como se tirou a do cordeiro do sacrifício pacífico, e a queimará no altar, entre os sacrifícios feitos pelo fogo ao Senhor. É assim que o sacerdote fará a expiação pelo pecado cometido por esse homem, e ele será perdoado".

Papa Francisco no twitter (18 Novembro):
@Pontifex_pt 

 
"Confessar os nossos pecados custa-nos um pouco, mas traz-nos a paz. Nós somos pecadores, e precisamos do perdão de Deus."
 
Audiencia Geral na Praça de S.Pedro (20 Novembro):

"Os sacerdotes também precisam confissão, até mesmo bispos. Somos todos pecadores. Ate mesmo o Papa vai confessar a cada duas semanas, porque o papa, também, é um pecador. Meu confessor ouve o que eu digo, me oferece conselhos e me absolve. Nós todos precisamos disso."

 

Catecismo da Igreja Catolica (aconselho a lerem os pragrafos 1422 ate 1470):

 
1422. «Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão».

1432. O coração do homem é pesado e endurecido. É necessário que Deus dê ao homem um coração novo (Ezequiel 36, 26-27). A conversão é, antes de mais, obra da graça de Deus, a qual faz com que os nossos corações se voltem para Ele: «Convertei-nos, Senhor, e seremos convertidos» (Lamentacoes 5, 21). Deus é quem nos dá a coragem de começar de novo. É ao descobrir a grandeza do amor de Deus que o nosso coração é abalado pelo horror e pelo peso do pecado, e começa a ter receio de ofender a Deus pelo pecado e de estar separado d'Ele. O coração humano converte-se, ao olhar para Aquele a quem os nossos pecados trespassaram (Joao 19, 37; Zacarias 12, 10).
«Tenhamos os olhos fixos no sangue de Cristo e compreendamos quanto Ele é precioso para o seu Pai, pois que, derramado para nossa salvação, proporcionou ao mundo inteiro a graça do arrependimento» (Papa S.Clemente de Roma, seculo I).
1442. Cristo quis que a sua Igreja fosse, toda ela, na sua oração, na sua vida e na sua actividade, sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que Ele nos adquiriu pelo preço do seu sangue. Entretanto, confiou o exercício do poder de absolvição ao ministério apostólico. É este que está encarregado do «ministério da reconciliação» (2 Corintios 5, 18). O apóstolo é enviado «em nome de Cristo» e «é o próprio Deus» que, através dele, exorta e suplica: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Corintios 5, 20).

1461. Uma vez que Cristo confiou aos Apóstolos o ministério da reconciliação (Joao 20,23; 2 Corintios 5, 8) os bispos, seus sucessores, e os presbíteros, colaboradores dos bispos, continuam a exercer tal ministério. Com efeito, os bispos e os presbíteros é que têm, em virtude do sacramento da Ordem, o poder de perdoar todos os pecados, «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».
 
Relatos da Igreja primitiva:
 
Didaque (seculo I): "Na reunião dos fiéis confessarás teus pecados e não te aproximarás da oração com má consciência"

Origenes (seculo III): "Ha a remissão de pecados por meio da penitência, quando o pecador lava seu travesseiro com lágrimas, quando suas lágrimas são sua vida de dia e de noite, quando não se retém de confessar os seus pecados ao sacerdote do Senhor nem de buscar o remédio."
"Se ele (Sacerdote) achar que é necessário que teu mal seja conhecido e curado na presença da assembleia reunida (Igreja), segue o conselho do médico sábio (sacerdote)"

Tertuliano (seculo III): "A Igreja pode perdoar o pecado".
"Acaso é melhor ser condenado em secreto que perdoado em público?"

S.Cipriano (seculo III): "Pois, se quando se trata de pecados menores fazem penitência os pecadores no devido tempo, e conforme foi ordenado pela disposição disciplinar vêm à confissão e recebem o direito da comunhão pela imposição das mãos do bispo e do clero".
"O apóstolo [Paulo] da mesma forma dá o testemunho e diz: ‘Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor’ (1 Coríntios 11, 27). Mas [o impenitente] despreza e ignora todos os avisos; antes de seus pecados serem expiados, antes deles terem feito a confissão de seus crimes, antes das suas consciências terem purgado na cerimônia e na mão do sacerdote... Eles são violentos com o corpo e o sangue, e com suas mãos e boca eles pecam contra o Senhor mais do que quando o negam".
"(Deus) Pai que conhece os nossos corações, concede a este teu servo que foi eleito para o episcopado… Que em virtude do Espírito do Sacerdócio soberano tenha o poder de ‘perdoar os pecados’ segundo teu mandamento; que ‘distribua as partes’ segundo tua disposição, e que ‘desate todos os laços’, segunda a autoridade que destes aos apóstolos".
 
St. Ambrosio de Milao (seculo IV): "Deus não faz distinção; Ele prometeu misericórdia para todos e a Seus sacerdotes outorgou a autoridade para perdoar sem nenhuma exceção".

St.Atanásio de Alexandria (seculo IV): "Assim como o homem batizado pelo sacerdote é iluminado pela Graça do Espírito Santo, assim também aquele que em penitência confessa seus pecados, recebe através do sacerdote o perdão em virtude da graça de Cristo".

St.Agostinho (seculo V): "Não vamos ouvir aqueles que negam que a Igreja de Deus tem o poder de perdoar todos os pecados". Na Igreja, portanto, existem três maneiras em que os pecados são perdoados: nos batismos, na oração, e na maior humildade da penitência".

S.Joao Crisostomo  (seculo V): "Os sacerdotes receberam um poder que Deus não deu nem aos anjos nem aos arcanjos. Foi dito a eles: 'Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares, será desligado. Governantes temporais têm realmente o poder de ligação, mas eles só podem ligar o corpo. Sacerdotes, em contraste, podem ligar com um vínculo que pertence à própria alma e transcende os próprios céus. Será que [Deus] não lhes dar todos os poderes do céu? ‘De quem você deve perdoar pecados’, diz ele, ‘são-lhes perdoados; cujos pecados você retiver, são retidos’. Que maior poder há do que isso? O Pai entregou todo o julgamento ao Filho. E agora eu vejo o Filho colocando todo esse poder nas mãos dos homens [Mateus 10, 40; João 20, 21-23]. Eles são criados para esta dignidade como se eles já estivessem reunidos para o céu".