SACRAMENTO DA ORDEM
Sempre feito pelo bispo pela imposição das mãos
Referencias biblicas ditas no video:
- Cristo escolheu somente homens para a liderança da Igreja: Marcos 3, 13-19; Lucas 6, 12-16 Joao 15,16 e 20, 21
- Tradição da Igreja da sucessão do clero: Actos dos Apostolos 6, 5-6; 1Timoteo 4, 14; 2Timoteo 1, 6; 1Timoteo 3, 1-13; Tito 1, 5-6
- Funçoes dentro da Igreja: 1Corintios 14, 34-38; 1 Timoteo 2, 1-14
Catecismo da Igreja Catolica (aconselho a lerem os paragrafos 1536 a 1589):
1539. O povo eleito foi constituído por Deus como «um reino de sacerdotes e uma nação consagrada» (Exodo 19, 6; Isaias 61, 6). Mas, dentro do povo de Israel, Deus escolheu uma das doze tribos, a de Levi, segregada para o serviço litúrgico (Numeros 1, 48-53) o próprio Deus é a sua parte na herança (Josue 13, 33). Um rito próprio consagrou as origens do sacerdócio da Antiga Aliança (Exodo 29, 1-30; Levitico 8). Nela, os sacerdotes são «constituídos em favor dos homens, nas coisas respeitantes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados» (Hebreus 5, 1).
1546. Cristo, sumo sacerdote e único mediador, fez da Igreja «um reino de sacerdotes para Deus seu Pai» (Apocalipse 1, 6; 5, 9-10; 1Pedro 2, 5.9). Toda a comunidade dos crentes, como tal, é uma comunidade sacerdotal. Os fiéis exercem o seu sacerdócio baptismal através da participação, cada qual segundo a sua vocação própria, na missão de Cristo, sacerdote, profeta e rei. É pelos sacramentos do Baptismo e da Confirmação que os fiéis são «consagrados para serem [...] um sacerdócio santo».
1547. O sacerdócio ministerial ou hierárquico dos bispos e dos presbíteros e o sacerdócio comum de todos os fiéis – embora «um e outro, cada qual segundo o seu modo próprio, participem do único sacerdócio de Cristo» – são, no entanto, essencialmente diferentes ainda que sendo «ordenados um para o outro». Em que sentido? Enquanto o sacerdócio comum dos fiéis se realiza no desenvolvimento da vida baptismal – vida de fé, esperança e caridade, vida segundo o Espírito – o sacerdócio ministerial está ao serviço do sacerdócio comum, ordena-se ao desenvolvimento da graça baptismal de todos os cristãos. É um dos meios pelos quais Cristo não cessa de construir e guiar a sua igreja. E é por isso que é transmitido por um sacramento próprio, que é o sacramento da Ordem.
1577. «Só o varão ('vir') baptizado pode receber validamente a sagrada ordenação». O Senhor Jesus escolheu homens ('viri') para formar o colégio dos Doze Apóstolos (Marcos 3, 14-19; Lucas 6, 12-16), e o mesmo fizeram os Apóstolos quando escolheram os seus colaboradores (1Timoteo 3, 1-13; 2Timoteo 1, 6: Tito 1, 5-9) para lhes sucederem no desempenho do seu ministério. O Colégio dos bispos, a que os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e actualiza, até que Cristo volte, o Colégio dos Doze. A Igreja reconhece-se vinculada por essa escolha feita pelo Senhor em pessoa. É por isso que a ordenação das mulheres não é possível.
1578. Ninguém tem direito a receber o sacramento da Ordem. Com efeito, ninguém pode arrogar-se tal encargo. É-se chamado a ele por Deus (Hebreus 5, 4). Aquele que julga reconhecer em si sinais do chamamento divino ao ministério ordenado, deve submeter humildemente o seu desejo à autoridade da Igreja, à qual incumbe a responsabilidade e o direito de chamar alguém para receber as Ordens. Como toda e qualquer graça, este sacramento só pode ser recebido como um dom imerecido.
Relatos da Igreja primitiva:
Papa S.Clemente de Roma (seculo I): "Nossos apóstolos conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que haveria disputas por causa da função episcopal. Por este motivo, prevendo exatamente o futuro, instituíram aqueles de quem falávamos antes, e ordenaram que, por ocasião de morte desses, outros homens provados lhes sucedessem no ministério"
St.Inacio de Antioquia (seculo II): "Assim, exorto-vos a estudarem todas as coisas com divina harmonia, tendo vosso bispo presidindo no lugar de Deus e vossos presbíteros no lugar da assembléia dos apóstolos, junto com seus diáconos - que são muito queridos para mim - aos quais foi confiado o serviço de Jesus Cristo, que estava com o Pai antes do início dos tempos e que por fim se manifestou. "
Tertuliano de Cartage (seculo III): "Nao é permitido a’ mulher falar na igreja nem oferecer o Sacrificio, nem qualquer função do oficio sacerdotal".
Didascalia (seculo III): "Cristo nosso mestre, enviou-nos (os Doze) para instruir o povo e havia connosco discipulas d'Ele mas a elas nao foram mandadas para tal connosco".
S.Clemente de Alexandria (seculo III): "Uma vez que, segundo a minha opinião, os graus aqui na igreja, de bispos, presbíteros, diáconos, são imitações da glória angelical, e de que a economia, que, dizem as Escrituras, aguarda aqueles que, seguindo os passos dos Apóstolos, viveram na perfeição da justiça, de acordo com o Evangelho."
Constituiçoes Apostolicas (ano 400): "Se nas nossas constituiçoes nao se permita mulheres para instruir, como alguem o permite, contrario a’ natureza, em desempenhar o oficio sacerdotal? Pois isto e’ uma das praticas dos gentis ateistas. Uma diaconisa nao abençoa nem outras coisas que compete ao sacerdote e diacono, mas ela granciosamente os assiste quando eles batizam mulheres".
Papa S.Leao Magno (seculo V): "E, finalmente, agora que o mistério deste sacerdócio Divino desceu à ação humana, não é descendido pela linha de nascimento, nem é o que a carne e o sangue criaram, é escolhido, mas sem levar em conta o privilégio de paternidade e sucessão por herança, esses homens são recebidos pela Igreja como seus governantes a quem o Espírito Santo prepara: para que na adoção do povo de Deus, todo o corpo do qual é sacerdotal e real, não tenha uma prerrogativa de origem terrestre que obtém a unção, mas a condescendência da graça divina que cria o bispo."
SACRAMENTO DA UNCAO DOS ENFERMOS
Catecismo da Igreja Catolica (aconselho a lerem os paragrafos 1499 a 1525):
1499. «Pela santa Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, toda a Igreja encomenda os doentes ao Senhor, sofredor e glorificado, para que os alivie e os salve: mais ainda, exorta-os a que, associando-se livremente à paixão e morte de Cristo, concorram para o bem do povo de Deus» (Marcos 2, 17).
1508. O Espírito Santo confere a alguns o carisma especial de poderem curar (1Corintios 12, 9; 1Corintios 12, 28-30) para manifestar a força da graça do Ressuscitado. Todavia, nem as orações mais fervorosas obtêm sempre a cura de todas as doenças. Assim, São Paulo deve aprender do Senhor que «a minha graça te basta: pois na fraqueza é que a minha força actua plenamente» (2Corintios 12, 9), e que os sofrimentos a suportar podem ter como sentido que «eu complete na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo, que é a Igreja» (Colossenses 1, 24).
Relatos da Igreja primitiva:
Hipolito de Roma (seculo III): "O Deus que santifica este óleo, como Tu garantes a todos os que são ungidos e recebem dele a consagração com que Tu fizeste ungir reis e sacerdotes e profetas, assim fazei para pode dar força a tudo o que provam dele e saúde para todos os que usá-lo".
Orígenes de Alexandria (seculo III): "Além destes, há também um sétimo [sacramento]. Desta forma, isso é também cumprido, o que o apóstolo Tiago disse".
Serapião de Thmuis (seculo IV): "[este óleo é] para a boa graça e a remissão dos pecados, para um medicamento de vida e salvação, para a saúde e solidez da alma, corpo, espírito, para o fortalecimento perfeito."